M: Símbolo designado Mike. O Código Internacional de Sinais estabelece a representação desta letra por uma bandeira quadrada, de fundo azul, cortada em cruz por duas faixas diagonais brancas. Içada, isoladamente, a bandeira significa: "Disponho de um médico a bordo."
MAÇA: Malho de ferro usado pelos carpinteiros para bater cavilhas, cunhas e tábuas do navio.
MACHADINHA: Pequeno machado de um só gume usado a bordo para, em caso de incêndio, se cortar os cabos.
MADRE DO LEME: Eixo que penetra no casco do navio e que transmite movimento do leme.
MAIOR CALADO OBSERVADO: Diz-se do maior calado observado quando da atracação e desatracação de uma embarcação.
MAIOR CALADO OBSERVADO NO PORTO: O calado observado no porto é uma característica operacional da embarcação dependendo do seu carregamento, lastro e da densidade da água. Seu registro será feito após a observação das marcas de calado, que estão submersas no casco da embarcação, devendo-se registrar, em pés, o maior calado medido na entrada ou na saída.
MANGOTE: Componente dos equipamentos destinados aos serviços marítimos líquidos. E um tipo de mangueira.
MANIFESTO: Documento onde se encontram arroladas as cargas do navio.
MAR: Massa de água salgada que cobre, aproximadamente, três quartos da superfície terrestre; cada uma das grandes partes em que se dividem os oceanos; maresias ou ondulações elevadas que se movem no mar com os ventos fortes ou tempestades. A princípio, designaram-se por “mar” todas as grandes extensões de água salgada. Consagrou-se, porém, o uso do termo "oceano" para designar as extensões maiores, passando a palavra “mar” a aplicar-se, sobretudo, às extensões menores de água que dependem dos oceanos... Do ponto de vista do direito internacional, distinguem-se o alto-mar, o mar territorial, litoral ou jurisdicional, e os mares interiores ou fechados. O alto-mar não faz parte do território de qualquer Estado e a sua liberdade de navegação é completa para todos os povos. Essa liberdade tem sido respeitada, pelo menos em tempo de paz. O mar territorial, jurisdicional ou litoral é a porção de mar que cerca o território dos Estados. A maior parte das convenções internacionais fixa-o em três milhas de distância da costa, mas Estados diversos têm proclamado, ocasionalmente, sua soberania sobre extensões bem mais consideráveis de mar. Os Estados Marítimos têm direito a soberania e jurisdição sobre o mar territorial. Os mares interiores ou fechados ficam encravados no território de um Estado e não têm saída para o oceano, como é o caso do mar Arai, situado em território da URSS. Outros mares, geograficamente fechados, banham, porém, territórios de mais de um Estado, como é o caso do mar Cáspio. (prof. A. Alves de Almeida, Moderna enciclopédia de pesquisa Lisa, 1981).
MAR ALTO: Ponto do mar donde já não se avista terra.
MAR BAIXO: Mar que tem pouca profundidade.
MAR BANZEIRO: Aquele cujas águas se movem e se agitam vaporosamente, sem levantar grandes vagas.
MAR CAVADO: Mar de ondas grandes, altas, e espaços fundos entre elas. O mesmo que mar encapelado.
MAR CHÃO: O que está calmo, sossegado, manso
MAR CRESPO: O que está um tanto agitado e revolto.
MAR DE CARNEIRADA: Aquele cujas ondulações se apresentam espumantes, semelhantes a rebanho de carneiro.
MAR DE LEITE: O que está muito manso, sem ondas.
MAR DE LEVA: Mar agitado, a ponto de arrastar os banhistas ou embarcações.
MAR DE REBENTAÇÃO: O que apresenta ondulações que rebentam contra a praia ou umas contra as outras.
MAR DE ROSAS: O que está sereno e manso (daí o sentido figurado em português, significando “período de felicidade”).
MAR DE VAGA CURTA: O que se apresenta com ondas de pequeno comprimento.
MAR DESENCONTRADO: O que apresenta ondulações em duas direções contrárias.
MAR DESFEITO: O que está muito agitado, muito tempestuoso.
MAR ENCAPELADO: O que se apresenta pouco tranquilo. O mesmo que mar cavado, mar crespo, mar grosso.
MARCA: Termo geral para uma marca de auxílio à navegação, por exemplo, bóia, estrutura ou ponto topográfico que possa ser usado para determinar a posição do navio.
MARCA DE PORTO: Marca usada para identificar o porto de descarga da mercadoria. Se for carga de transbordo, também deve constar o nome do porto ou local de destino, além do de descarga. Assim sendo, a “marca de porto”, nesse caso, compreende o porto de descarga e o de destino final.
MARCAÇÕES: Sinais de identificação de embarcações, determinados pelo regulamento de tráfego marítimo do Brasil. Todos os barcos de menos de vinte toneladas de arqueação bruta devem trazer marcados, de modo visível e durável, seu nome, na popa e nos bordos da proa; sua classe, divisão e subdivisão, nos dois bordos do cadaste; número de inscrição e peso máximo de carga, em lugar conveniente a ré.
MARCAR: Observar a direção do rumo de um objeto em relação ao navio.
MARCAR DERROTA: Indicar na carta marítima o rumo a seguir.
MARCAS DE BORDA-LIVRE: Marcas no costado de navios mercantes, em ambos os bordos, indicando as linhas de flutuação máximas permissíveis nas várias regiões navegadas. Tais marcas obedecem aos limites mínimos de borda-livre estabelecidos pela convenção internacional de linhas de carga e possuem os símbolos IAN - Inverno no Atlântico Norte; I - Inverno; V - Verão; T - Tropical; AD - Água Doce; e ADT - Água Doce Tropical. Também chamadas de marcas de Plimsoll ou, impropriamente, marcas do seguro.
MARCAS DE CALADO: Números que são colocados em cada bordo do navio, na proa, na popa e algumas vezes, à meia-nau, para indicar a distância da margem inferior de número à linha-base ou outro ponto de referência fixo. No sistema métrico os números medem dez centímetros de altura e estão espaçados de dez centímetros. No sistema inglês de medidas, medem seis polegadas e estão espaçados, também, de seis polegadas.
MARCHAR: Velocidade progressiva de embarcação sob o impulso de remos, do vento ou do maquinismo.
MARÉ: Movimento periódico de elevação e queda do nível das águas do mar, gerado sobretudo pela atração do sol e, principalmente, da luz (que, por estar mais perto da Terra, exerce mais que o dobro da atração do sol, embora tenha uma massa incomparavelmente menor que a do astro. Durante um dia lunar (24 horas e cinquenta minutos), há duas marés altas e duas baixas e o horário em que ocorrem varia segundo a passagem da lua pelo meridiano correspondente, o que em geral ocorre cerca de cinquenta minutos mais tarde a cada dia.
MARÉ DE ESTOFA: A que permanece tranquila, sem encher nem vazar.
MARÉ DE QUADRANTE: Maré de pequena amplitude (preamares baixas e baixa-mares altas), quando o sol e a lua formam ângulo reto com a Terra e seus efeitos de atração se subtraem; maré de quarto.
MARÉ DE ROSAS: Diz-se do tempo bonançoso, propicio à navegação.
MARÉ DE SIZIGIA: Maré de grande amplitude - com preamares mais altas e baixa-mares mais baixas -, típica da lua cheia e da lua nova, quando o sol e a lua estão do mesmo lado em relação à Terra, ou diametralmente opostos, e têm somados seus efeitos de atração; maré de lua.
MARÉ DE SORTE: Diz-se do tempo propício.
MARÉ VAZIA: Baixa-mar.
MAREAÇÃO: Ato ou efeito de marear; conjunto das manobras náuticas; mareagem. As operações de mareação têm por fim colocar as velas de tal modo que obtenham o melhor efeito do vento, imprimindo-lhe a maior velocidade, sem que as condições de segurança da embarcação venham a sofrer o menor prejuízo.
MAREADO: Diz-se do navio bem manobrado e de qualquer objeto danificado pela água do mar.
MAREAGEM: 1. Ato ou efeito de marear. 2. Conjunto de aparelhos com que se move o navio. 3. Direção do navio; roteiro; rumo.
MAREANTE: Navegante; marinheiro.
MAREAR: Ato de orientar as velas de acordo com as condições do vento; manobrar ou governar o barco.
MAREATO: 1. Coleção de bandeirolas usadas na sinalização marítima. 2. Compartimento onde se guardam as mesmas.
MARETA: Agitação do mar formando um conjunto de vagas pequenas. Movimento das águas causado pela passagem de um barco. O mesmo que marola.
MARINHA: 1. Arte de navegação no mar. 2. Serviço feito a bordo dos navios. 3. Conjunto de navios, principalmente de guerra, que compõem as forças navais de uma nação. 4. Lugar convenientemente disposto para se recolher a água do mar necessária para a fabricação do sal.
MARINHA DE GUERRA: Potência naval pertencente ao país e que defende uma nação dotada de material e contingente a serviço dessa potência armada.
MARINHA MERCANTE: Diz-se da totalidade de navios particulares a serviço do comércio internacional ou de um só país.
MERSAR: MANUAL DE BUSCA E SALVAMENTO PARA NAVIOS MERCANTES. Manual editado pela Diretoria de Portos e Costas do Ministério da Marinha, que tem por objetivo servir de guia àqueles que, em caso de acidente no mar, possam requerer auxílio de outros ou sejam capazes de prestar por si mesmos o dito auxílio. Em particular, pretende-se que seja uma ajuda para o comandante de qualquer navio que possa ser chamado a efetuar, no mar, operações de busca e salvamento (SAR) de pessoas em situações de perigo.
MESTRA: 1. Diz-se de duas das principais velas dos navios, a grande e a gávea. 2. Diz-se, também, da baliza que indica onde é maior a seção transversal do navio.
MESTRE AMADOR: Categoria amadora que habilita, no Brasil, a conduzir barcos de esporte e recreio (a vela ou a propulsão mecânica), dentro dos limites da navegação costeira. O candidato deve ser maior de 18 anos e aprovado nos exames sobre navegação e governo de embarcações, realizados pelas Capitanias dos Portos ou Agências dos Portos. O candidato que já pertencer à categoria de arraes amador poderá fazer a prova de navegação, ficando dispensado do exame do governo de embarcações.
METEOROLOGIA: Ciência que estuda os fenômenos atmosféricos.Tal ciência é de grande utilidade para o navegador, que a utiliza, sobretudo no que se refere à previsão do tempo. Para isso, emprega-se principalmente o barômetro, o anemômetro, a escala Beaufort e a observação direta das condições do mar, dos ventos e das nuvens.
METER: 1. Fazer girar o leme para arribar. 2. Entrar pela água mais do que deve ser. 3. Desembocar num rio ou no mar.
METER ÁGUA: Ter algum rombo ou fenda na embarcação, por onde entre água.
METER DE POPA: Imergir o navio mais a popa METER DE PROA. Imergir o navio mais a proa.
METER EM VENTO: Dispor as velas de uma embarcação de forma que ela tome o vento pela popa.
METER O LEME DE LÓ: Carregar todo o leme a barlavento.
METER-SE AO MAR: Diz-se quando o navio entra no alto-mar.
METIDO: Diz-se do navio que está mergulhado de popa a proa, além da flutuação normal.
MILHA: A milha marítima é a unidade de distância equivalente ao comprimento de um arco de um minuto do meridiano terrestre. Seu valor, com ligeiro arredondamento, foi fixado em 1.852 metros pela Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar.
MILHA NÁUTICA: Unidade de valor igual a 1.853,55 metros, resultante da média entre as medidas do arco de um minuto, tomadas no equador e no meridiano.
MILHA POR HORA: Nó - medida de velocidade.
MODELO: Embarcação em ponto pequeno, que o construtor executa para ser examinada e submetida a aprovação superior.
MOEGA: Denominação dada a uma instalação portuária especialmente aparelhada para a movimentação de determinados granéis sólidos. A moega tem um formato próprio para receber e destinar granéis sólidos a correias transportadoras, vagões ou caminhões.
MOLINETE: 1. Aparelho de suspender a âncora que se diferencia do cabrestante por ter eixo horizontal. 2. Peça giratória do anemômetro que permite medir a velocidade do vento.
MONÇÃO: 1. Sistema de ventos periódicos. 2. Época favorável à navegação.
MONITOR-BELONAVE: Navio de combate de grande poderio ofensivo e pequeno calado.
MONOTIPO: Categoria de barcos a vela, em geral destinados à competição, construídos segundo um mesmo modelo (one design). Para cada classe de monotipo se especificam, além das medidas - comprimento, largura, peso, superfície vélica, área imersa do casco -, indicações de equipamentos obrigatórios e diretrizes de construção.
MORRER O MAR: Diz-se quando o mar se toma manso, brando.
MORRER O VENTO: Diz-se quando o vento se suaviza.
MOTIVO DE ESPERA: Razão pela qual a embarcação deixou de atracar no porto na hora planejada. Os diversos motivos de espera se encontram relacionados na tabela "motivo de espera”. Para fins de estatística portuária, o motivo de espera somente é considerado quando a espera for igual ou superior a duas horas, contadas a partir da hora de entrada da embarcação no porto, até a hora da sua atracação.
MOTOR DE POPA: Motor aplicado junto à popa da embarcação, especialmente de recreio, fazendo mover um hélice propulsor no dispositivo de transmissão que ultrapassa a borda do barco.
MOVIMENTO DE UM PORTO: Número de navios que entram e saem do porto.
MUDAR DE QUERENA: Mudar a direção ou rumo da embarcação.
MUNDO MARÍTIMO: 1. A oceania e suas dependências. 2. Parte do globo constituída pelo mar.
MURALHA: Invólucro interior do navio.
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