Dicionário portuário - Letra N

 

N

N: Símbolo designado November. O Código Internacional de Sinais estabelece a representação desta letra por uma bandeira que reúne 16 pequenos quadrados de cores alternadas (oito brancos e oito azuis). Içada isoladamente significa a palavra “não”, dada como resposta a alguma outra mensagem.

NACIONALIDADE: Qualificação jurídica da embarcação, segundo a qual sua condução se sujeita a um país e a suas leis. Para a atribuição de nacionalidade considera-se geralmente a nacionalidade do proprietário ou sócio maior da embarcação. Segundo o regulamento do tráfego marítimo, aplicado pelas Capitanias dos Portos do Brasil, a transferência de propriedade de uma embarcação que implique a perda da nacionalidade brasileira só poderá ser feita mediante requerimento deferido pela capitania, que cancelará a inscrição do barco após a venda.

NADA MAIS: Ordem que se dá ao homem do leme para que, depois de ter feito várias manobras, conserve o barco no rumo que está.

NADANTES: Chamam-se cidades nadantes os grandes navios transatlânticos.

NADANTES CASTELOS: São assim chamados os barcos de guerra.

NAU: 1. Antigo barco de guerra, de alto porte, com três mastros, de duas e meia e três laterais com sessenta bocas-de-fogo, pelo menos. 2. Embarcação mercante de grande lote, de alto bordo. 3. Qualquer navio ou embarcação.

NAU ALTEROSA: A que tem bordos altos.

NAU DE ESPÉCIE: A que se destina a reconhecer e observar os movimentos de forças navais inimigas. O mesmo que espia.

NAUFRAGAR: Ato ou ação do navio despedaçar-se no mar; submergir.

NAUFRAGOSO: Lugar onde se verificam muitos naufrágios.

NÁUTICA: Arte ou ciência de navegar. A ciência da navegação depende de uma série de conhecimentos físicos e astronômicos. O desenvolvimento da náutica depende da evolução das ciências. Por outro lado, porém, a necessidade de melhorar os processos náuticos constitui verdadeiro estímulo à pesquisa nesses campos. A náutica divide-se, essencialmente, em estudo dos navios considerados estaticamente e manobra naval, ou estudo do comportamento dinâmico dos navios.

NÁUTICO: Relativo à náutica ou navegação. Diz-se do indivíduo versado em náutica.

NAUTO: Termo de composição que se usa como prefixo com o significado de nauta, navegação, como em nautografia etc.

NAVAL: Relativo à navegação, a navio, em especial de guerra. Diz-se do combate que se trava entre navios.

NAVEGABILIDADE: Qualidade ou condição de navegável.

NAVEGAÇÃO: 1. Conjunto de procedimentos que permitem a condução segura de uma embarcação de um ponto a outro da superfície terrestre. 2. Ato de navegar. 3. Trato ou comércio marítimo. 4. Viagem por mar, especialmente se longa e difícil.

NAVEGAÇÃO DE ALTO MAR: Aquela realizada para fins especiais, fora da visibilidade da costa.

NAVEGAÇÃO DE GRANDE CABOTAGEM: A que se faz entre portos brasileiros.

NAVEGAÇÃO DE PEQUENA CABOTAGEM: Aquela realizada entre portos brasileiros, mas sem que as embarcações se afastem mais de vinte milhas da costa, com escalas em portos cuja distância não exceda a 250 milhas.

NAVEGAÇÃO DE TRAVESSIA: A que se faz quer nas águas fluviais e lacustres, quer nas interiores marítimas. Caracterizam-se como navegação de travessia as seguintes: a) quando transversalmente ao curso dos rios e canais; b) quando ligando dois pontos das margens em lagos, lagoas, baías, angras e enseadas; c) quando entre ilhas e margens de rios, de lagos, em extensão inferior a vinte quilômetros; d) quando realizada dentro da área portuária nos portos, baías, enseadas, angras, canais, rios e lagoas, em atendimento às atividades específicas do porto e em trechos nunca excedentes aos limites dos portos marítimos e interiores essa é considerada travessia do porto; e) quando é realizada ao longo do litoral brasileiro, dentro dos limites de visibilidade da costa; é considerada travessia costeira.

NAVEGAÇÃO FLUVIAL ou INTERIOR: Diz-se da viagem em rio.

NAVEGAÇÃO MARÍTIMA: 1. A que se faz nos mares. 2. Viagem por mar.

NAVEGAÇÃO MERCANTE NACIONAL: Navegação que pode ser enquadrada como de longo curso, por ser realizada entre portos do Brasil e portos estrangeiros.

NAVEGAÇÃO SUBMARINA: A que se faz abaixo da superfície à águas.

NAVEGADOR: 1. Indivíduo que navega. 2. Marinheiro hábil na direção de uma embarcação.

NAVEGAR: 1. Viajar por mar ou por grandes rios; transportar-se em embarcação. Andar em grande mar ou em grande rio - o navio. 2. Dirigir a embarcação no mar. 3. Dedicar-se à navegação. 4. Atravessar ou percorrer o mar, conduzir ou transportar em navio.

NAVEGAR À POPA: Navegar na direção do vento, com o vento à popa.

NAVEGAR COCHADO: Navegar junto às costas.

NAVEGAR DE CONVERSA COM: Navegar em companhia de um ou mais navios.

NAVEGAR DE LÓ: Navegar contra o vento, quase à bolina.

NAVEGAR NAS ÁGUAS DE: Ter um navio o mesmo rumo de outro barco, seguir na popa deste.

NAVETA: Navio ou embarcação pequena.

NAVIO: É toda construção náutica, de grande porte, dotada de meios próprios de propulsão, sempre destinada a navegação de longo curso; de grande ou pequena cabotagem, apropriada ao transporte marítimo ou fluvial. É a definição dada pelo artigo 3° do decreto nº 15.788, de 8 de novembro de 1922, com exceção da frase grifada.

NAVIO A VELA: Designa todo navio navegando a vela, desde que a máquina propulsora, se existir, não esteja sendo utilizada.

NAVIO AUXILIAR: Navio de guerra destinado a executar missões de apoio logístico.

NAVIO CARGUEIRO: Aquele que se destina apenas ao transporte de cargas.

NAVIO CARVOEIRO: Navio mercante apropriado ou simplesmente usado para transportar carvão a granel.

NAVIO CERRA-FILA: Embarcação que navega na retaguarda de outras.

NAVIO CRUZADO: Diz-se de um navio cruzando um canal, via de tráfego ou rota.

NAVIO DE ALTO BORDO: 1. Navio de grande tonelagem. 2. Navio de guerra com diversas pontes. 3. Navio cujo bordo se ergue muito acima da linha-d’água.

NAVIO DE CARGA: Navio mercante destinado exclusiva ou principalmente ao transporte de mercadorias e cargas.

NAVIO DE CARGA GERAL: Navio mercante construído especialmente para o transporte de cargas embaladas ou produtos manufaturados, que não sejam a granel, além de ser dotado de guindaste ou paus de carga para manuseio da carga.

NAVIO DE CARREIRA: Navio mercante que faz viagens ligando periodicamente uma terra à outra.

NAVIO DE COMBATE: Navio de guerra destinado a executar missões de combate.

NAVIO DE DESEMBARQUE DE CARROS DE COMBATE: Navio construído especialmente para o transporte e desembarque de carros de combate em praias, sendo para isto dotado de uma porta e uma rampa na proa. Normalmente utilizado em operações anfíbias.

NAVIO DE DESEMBARQUE DOCA: Navio semelhante a um dique flutuante com propulsão própria. Em seu porão, que é alagável, transporta embarcações de desembarque que se retiram por seus próprios meios, após a abertura da porta existente na popa do navio.

NAVIO DE DESEMBARQUE DOCA PORTA-HELICÓPTERO: Navio de características semelhantes às do navio de desembarque doca, possuindo, também, pista para operações com helicópteros.

NAVIO DE DUAS PONTES: Navio de duas laterais cobertas.

NAVIO DE GUERRA: 1. Navio construído e armado para entrar em combate, ou destinado a serviço de comissões militares. 2. Qualquer navio pertencente à marinha de guerra. Pode ser navio de combate ou navio auxiliar. 3. Belonave.

NAVIO DE LASTRO: Aquele que está sem carga útil a bordo.

NAVIO DE PROPULSÃO MECÂNICA: Designa todo navio movido por máquina.

NAVIO DE RESERVA: Aquele que acompanha outro para socorrê-lo ou auxiliá-lo em caso de necessidade.

NAVIO DE RODA: Embarcação que se movimenta pelo impulso propulsor de uma roda na popa ou de duas rodas laterais.

NAVIO DE TRANSPORTE: Barco destinado ao transporte de mercadorias ou de munições bélicas.

NAVIO DESGOVERNADO: Designa todo navio que, por circunstâncias excepcionais, não está em condições de poder manobrar de acordo com as regras constantes do regulamento internacional para evitar abalroamento no mar, e não pode, portanto, afastar-se do caminho de outro navio.

NAVIO EM FAINA DE PESCA: Expressão que designa todo navio para pescar que esteja com redes, linhas, arrasto ou outras artes de pesca que reduzem a sua capacidade de manobra.

NAVIO EMBANDEIRADO: 1. Aquele cuja nacionalidade é reconhecida por documento autêntico. 2. Embarcação que, em tempo de guerra, navega com a bandeira de algum país neutro e com os documentos necessários para escapar dos beligerantes.

NAVIO ENTRANDO: Diz-se de um navio navegando do mar para um porto ou local de atracação.

NAVIO ESPALMADO: Embarcação que tem o casco limpo de limos.

NAVIO ESTIVADO: 1. Aquele que só tem a primeira estiva. 2. Embarcação carregada e equilibrada por igual.

NAVIO FERRY: Navio de porte reduzido, utilizado no transporte de passageiros, geralmente em viagens de turismo, transportando também os automóveis dos próprios passageiros.

NAVIO FRUTEIRO: Navio construído especialmente para o transporte de frutas, tendo, geralmente, os porões refrigerados. O mesmo que fruteiro.

NAVIO GRANELEIRO: Navio de construção especial, adequado para transporte de carga a granel, não possuindo, assim, guindastes ou ius de carga. Possui características estruturais diferentes, conforme destine ao transporte de graneis pesados (minérios, por exemplo) de granéis leves (cereais, por exemplo).

NAVIO GRANELEIRO COMBINADO: Navio graneleiro destinado ao transporte de granéis sólidos e líquidos, a fim de evitar viagens m lastro. Possui, em adição às instalações do graneleiro comum, um sistema de bombas e respectivas redes para o trato de carga líquida, bem como um sistema adequado para a limpeza e desgaseificação dos tanques.

NAVIO GRANELEIRO COMBINADO UNIVERSAL: Navio graneleiro que pode transportar minério, granéis líquidos e graneis sólidos leves.

NAVIO GUINANDO: Diz-se de um navio fazendo uma grande mudança de rumo, tal como aproando à corrente quando fundeado ou para entrar ou sair após deixar o ancoradouro ou cais de atracação.

NAVIO HIDROGRÁFICO: Navio destinado a fazer levantamentos hidrográficos, sendo para tanto dotado de equipamentos especiais para coleta e análise de dados necessários à confecção de cartas náuticas.

NAVIO LASH: O mesmo que navio porta-barcaças. O nome Lash provém das iniciais da expressão inglesa “lighter aboard ship”.

NAVIO LENTO: Aquele que obedece mal ou morosamente à ação do leme.

NAVIO MERCANTE: 1. Denominação dada a qualquer navio empregado no comércio marítimo, isto é, aquele que transporta carga ou passageiros a frete. 2. Aquele que é empregado na marinha mercante.

NAVIO MEXERIQUEIRO: Embarcação que, em tempo de guerra, espiona os movimentos da esquadra adversária.

NAVIO MINEIRO: Navio de combate destinado a semear campos de minas ofensivas em águas dominadas pelos inimigos, ou defensivos, em suas águas próprias.

NAVIO MINERALEIRO: Navio graneleiro projetado especificamente para o transporte de minérios. Possui, normalmente, porões de carga centrais e tanques de lastro laterais que se estendem ao nível do convés até o fundo do navio.

NAVIO MISTO: Navio destinado ao transporte simultâneo de carga e passageiros.

NAVIO NEGREIRO: Navio que era empregado no transporte dos negros que iam ser vendidos como escravos.

NAVIO NEUTRO: O que pertence a um estado neutro, em período de guerra.

NAVIO OCEANOGRÁFICO: Navio adequadamente equipado para efetuar pesquisas no mar e no leito submarino.

NAVIO PATRULHA COSTEIRO: Navio de combate pequeno, com armamento leve e raio de ação limitado, destinado a patrulha próxima da costa, repressão ao contrabando etc.

NAVIO PESQUEIRO: Navio especialmente aparelhado para a pesca em alto-mar, podendo ou não ser dotado de câmara frigorífica para conservação do pescado.

NAVIO PETROLEIRO: Denominação dada ao navio-tanque de construção especial, adequada ao transporte de petróleo bruto ou refinado. É também chamado simplesmente de petroleiro.

NAVIO PORTA-BARCAÇAS: Navio especial que possui guindastes para o embarque e desembarque de barcaças pela popa. Tal sistema permite que a estadia do navio no porto seja mínima, pois não precisa atracar: as barcaças são arriadas e rebocadas para o porto e outras barcaças, já carregadas, são então içadas para bordo. O mesmo que navio lash.

NAVIO PORTA-CARRETAS: Navio especialmente construído para transportar veículos, que são embarcados utilizando seu próprio motor, através de uma porta e rampa, situadas na popa do navio.

NAVIO PORTA-CONTENTORES: Navio construído especialmente para o transporte de carga em contentores, existindo dois tipos principais: um, com convés corrido, para embarque de contentores por rolamento, através das suas extremidades, e outro do tipo celular, com vários porões, para embarque mediante guindaste de pórtico do navio ou guindastes do porto.

NAVIO QUEBRA-GELO: Navio de construção robusta e proa reforçada, capaz de romper os campos de gelo de pequena espessura que se formam sobre as águas, nas regiões geladas.

NAVIO RASO: 1. O que tem quilha pequena, demandando, por isso, pouco fundo. 2. Barco sem mastreação ou obras altas.

NAVIO REDONDO: Aquele cuja proa é arredondada.

NAVIO RUMANDO PARA O MAR: Diz-se de um navio que está navegando do porto ou fundeadouro para o mar.

NAVIO SEA-BEE: Navio que transporta barcaças, diferindo dos sistemas lash quanto ao embarque das mesmas. Neste tipo, as barcaças são arriadas ou içadas para bordo através de uma plataforma situada na popa, que substitui o guindaste dos navios lash.

NAVIO TANQUE: Navio de construção especial, adequado ao transporte de carga líquida, que pode ser petróleo bruto, óleo combustível, gasolina, vinho etc.

NAVIO TRANSPORTADOR DE GLP: Navio de construção especial, adequado ao transporte de gases liquefeitos de petróleo - metano, propano, butano, propileno, butileno etc. Existem dois tipos principais: os que transportam gases à temperatura ambiente e sob pressão atmosférica, e a baixa temperatura.

NAVIO TRANSPORTADOR DE GNL: Navio de construção especial, adequado ao transporte de gases naturais liquefeitos obtidos de fontes naturais, isto é, os que são obtidos pela refinação de petróleo.

NAVIO-AERÓDROMO: Base aérea flutuante com propulsão própria, capaz de reabastecer, municiar, alojar, reparar e operar aviões e suas equipagens aéreas, e de defender-se, dentro de certos limites, de ataques aéreos e de superfície. Seu armamento principal é o avião.

NAVIO-AERÓDROMO DE HELICÓPTEROS DE ASSAL: Navio de guerra dotado de armamento de defesa e normalmente para apoio de fogo naval contra alvos terrestres, dispondo de pistas para pouso de helicópteros. Transporta unidades do corpo de fuzileiros navais, equipamentos e suprimentos diversos que poderão ser desembarcados em terra, em vagas de assalto, transportados pelos helicópteros embarcados a bordo.

NAVIO-CURRAL: Navio destinado ao transporte de gado em pé, possuindo, para tanto, currais no convés principal e plataforma para o embarque e desembarque do gado.

NAVIO-ESCOLA: 1. Embarcação destinada a completar a formação profissional dos quadros da marinha. 2. Navio destinado a prover treinamento a futuros tripulantes de navios de guerra ou mercantes.

NAVIO-OFICINA: Navio auxiliar destinado a apoiar navios de combate, proporcionando-lhes meios de reparos, aprovisionamento etc.

NAVIO-VARREDOR: Navio de guerra de construção especial, dotado de equipamentos específicos e que, através de técnicas adequadas, retira, desativa ou faz explodir minas lançadas em águas pouco profundas, abrindo canais seguros à navegação através daquelas águas.

NAVIOS EM RUMOS CRUZADOS: Diz-se quando dois navios de propulsão mecânica navegam em rumos que se cruzam, de tal forma que exista risco de abalroamento. O navio que vê outro por boreste deve afastar-se do caminho deste e, se as circunstâncias o permitirem, evitar cortar-lhe a proa.

: 1. Medida de velocidade equivalente a uma milha marítima (1.852 metros) por hora. 2. Trabalho de marinheiro, feito à mão e passível de ser desfeito a qualquer momento, destinado a unir dois cabos entre si, ou um cabo a um objeto - pelo chicote ou pelo seio -, ou ainda, a unir dois chicotes de um mesmo cabo.

NOZ: Parte superior da haste da âncora, abaixo do anete.

NÚMERO DE EMBARCAÇÕES: Diz-se do número de embarcações que atracaram no porto durante o mês. No caso das embarcações que operam ao largo, é considerada a data de entrada.

NÚMERO DE EQUIPAMENTO: Para efeito de controle operacional, é o código que registra o equipamento utilizado na operação de embarque e descarga de mercadorias.

NÚMERO DE HOMENS-HORA: Corresponde ao somatório do produto do número de trabalhadores de capatazia pelo número de homens do período, incluindo todos os ternos que foram registrados.

NÚMERO DE VOLUMES: Corresponde ao somatório do número de volumes de cada temo.

 

Links úteis:
• Anapar Antaq • Autoridade Portuária CUT CNTT Federação Portus Secretaria Especial de Portos Ogmo
 
Designer by Krassine Soares Pinheiro Filho - Administrador