Movimentos cobram medidas para combater desastre da Samarco/Vale
Publicado em sexta-feira, 13 de novembro de 2015 às 17:13
Na quinta-feira (12), o Movimento dos Atingidos por Barragens e a Arquidiocese de Mariana entregaram à presidenta Dilma Rousseff e ao governador de Minas Gerais Fernando Pimentel um documento com reivindicações das pessoas que foram diretamente prejudicadas pelo desastre ambiental da Samarco/Vale.
A catástrofe, que começou há uma semana com o rompimento dos reservatórios de rejeitos de Fundão e de Santarém, devastou o distrito de Bento Rodrigues, na região de Mariana (MG), matou moradores e funcionários, está contaminando rios e nascentes e prejudica o fornecimento de água em diversas cidades.
O documento contém seis pontos, que passam pela assistência às comunidades atingidas, recuperação da região da bacia do Rio Doce, formação de mesas de negociação entre governos, entidades da sociedade civil e as empresas responsáveis pelo desastre, uma legislação que “não coloque o interesse pelo lucro acima da vida”.
Os propositores do documento também estão preocupados com o risco de que a Barragem de Germano venha a se romper e aumente os danos à população de Minas Gerais. Por isso, pedem que os governos intervenham imediatamente para garantir a segurança da população.
Pontos principais da pauta
“Cobramos que a negociação seja feita de forma coletiva e não individual, para que possamos constuir uma nova Bento Rodrigues”, destaca trecho do ofi- cio entregue pelo MAB e Arquidiocese.
São três os pontos principais:
- Aluguel de casa para todos os atingidos até que o reassentamento seja efetivado;
- Pagamento de um salário mensal por pessoa até que sejam restituídas as condições de trabalho;
- Reconstrução de todas as comunidades atingidas;
- Participação plena dos atingidos em todas as etapas do processo de negociação.