Governo Temer agoniza. Nas ruas, população exige Diretas Já!
 

Publicado em sexta-feira, 19 de maio de 2017 às 16:16

 
As delações premiadas dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, deram início à contagem regressiva para o governo ilegítimo e impopular de Michel Temer. No começo da noite desta quarta-feira (17.05.2017), Lauro Jardim divulgou em O Globo a existência de gravações que comprometem diretamente Michel Temer e, também, o senador Aécio Neves (PSDB-MG).


Na quarta-feira passada, sete delatores que participaram de uma ação controlada da PF, confirmaram ao ministro Edson Fachin (STF) - relator da Lava Jato na Corte e responsável pela homologação da delação - o que haviam dito em abril à Procuradoria Geral da República (PGR).

Amparado por uma gravação como prova, Joesley afirmou que durante uma reunião com Temer, em março deste ano, ele contou ao presidente que estava enviando uma mesada na prisão para o ex-deputado Eduardo Cunha e o operador Lúcio Funaro, com o objetivo de mantê-los em silêncio na Lava Jato.


Em resposta, Temer teria concordado com o procedimento do empresário: “tem que manter isso, viu?” O empresário sustenta que embora o presidente não tenha determinado o envio da mesada, ele “tinha pleno conhecimento” do que estava acontecendo. Durante esta reunião, Temer também teria indicado um contato seu para solucionar um assunto da J&F, a holding que controla a JBS.


O contato foi o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) que, segundo a reportagem, recebeu R$ 500 mil do empresário. Loures que é suplente do ministro Osmar Serraglio (Justiça) e chegou a ser conselheiro especial da presidência da República, não estava no Brasil nesta quarta-feira, mas nos Estados Unidos, acompanhando o prefeito de São Paulo, João Dória, em sua viagem a Nova Iorque.


O ministro Fachin determinou que o deputado federal seja afastado da Câmara e enviou ao STF o pedido da PGR que solicita a prisão do parlamentar peemedebista.


Em nota, Michel Temer negou todas as acusações e afirmou que “não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar”. Eduardo Cunha está detido desde outubro de 2016 no Complexo Médico Penal de Pinhais, localizado nos arredores de Curitiba.


Aécio Neves

As delações premiadas divulgadas nesta quarta-feira, também envolvem outro figurão da política nacional: o presidente do PSDB e senador mineiro Aécio Neves. Em outra gravação, Aécio pede R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro, argumenta, seria destinado ao pagamento das despesas de sua defesa na Lava Jato.


Reportagem completa disponível em: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Governo-Temer-agoniza-Nas-ruas-populacao-exige-Diretas-Ja-/4/38126
 
Fonte - Carta Maior