Privatização dos Correios e da Codesa deve atingir cerca de dois mil servidores no ES
 

Publicado em quarta-feira, 28 de agosto de 2019 às 16:34

 
Na última quarta-feira (21), o governo federal anunciou uma lista de 17 empresas que deverão ser privatizadas. Entre elas, estão os Correios e a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). Com os servidores das duas empresas somados, a mudança deve atingir cerca de duas mil pessoas somente no Espírito Santo.

À Rede SIM, o presidente do Sindicato Unificado da Orla Portuária (Suport-ES), Ernani Pereira Pinto, comentou que a ação é uma precipitação do governo federal. “A atividade portuária não é de grandes negócios. Os operadores não são detentores de terminais portuários. O volume de cargas que a Codesa atrai para o Estado é essencial para o fomento da agricultura, algumas indústrias de pequeno porte e etc. Nós achamos que a privatização é uma atitude desesperada do governo”, analisa.

Ainda de acordo com Ernani, se a privatização de fato ocorrer, a Codesa deve perder em torno de 315 trabalhadores.

“Desde o início de janeiro, a ação de privatizar já estava sendo comentada. Inclusive, isso começou no governo Temer. Os trabalhadores estão se movimentando para impedir que isso aconteça. Estamos acionando os parlamentares desde o início do ano, conversando com alguns vereadores de Vitória, por exemplo. A nossa expectativa é que o governo estadual defenda o interesse do Espírito Santo”, conclui Ernani.

Governo
Os estudos que apontarão se existem de fato condições para a venda das estatais será realizado pelo BNDES. De acordo com a análise, alguma estatal pode entrar em manutenção ou ser extinta.

Segundo o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o governo ainda prevê outras concessões. “Incluímos creches, presídios, unidades socioeducativas e parques. Podemos também incluir UPAS.

Ainda de acordo com Lorenzoni, a carteira do PPI está estimada em cerca de R$ 1,3 trilhão em investimentos e, ainda, a estimativa do governo federal é passar para R$ 2 trilhões com os anúncios de privatizações.


 
Fonte - Rede SIM