S: Símbolo designado Sierra. O Código Internacional de Sinais estabelece a representação desta letra por uma bandeira branca com um retângulo azul, ao centro; içada isoladamente, resume uma mensagem de atracação: "Vou para trás com toda a força das máquinas." 2. Letra usada como abreviatura do ponto cardeal sul. 3. Segundo a Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, a letra S, quando compõe a sinalização de atracação de embarcações que tenham pessoas em perigo a bordo, significa: "É extremamente perigosa a atracação neste local."
SACA: Diz-se da onda que avança sobre a praia.
SAFAR: 1. Desembaraçar a embarcação encalhada, recolocando-a em navegação. 2. Colher os cabos depois de uma manobra, deixando-os prontos para o uso da manobra seguinte. 3. Deixar os cabos claros à manobra.
SAFRÃO. Diz-se da porta do leme.
SAÍDA D’ÁGUA: Abertura feita na parte mais baixa da borda falsa, para permitir o escoamento da água que se acumula no convés. Algumas possuem tampas articuladas para evitar a entrada de água do mar, só permitindo a passagem de água num sentido.
SALVA-VIDAS: 1. Coletes ou bóias de material flutuante, preferivelmente cortiça. Conforme recomenda o Regulamento para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, o salva-vidas deve ser maciço, nunca granulado ou em fitas; e a sua flutuabilidade não deve depender de compartimentagem de ar e sim do próprio material que o constitui. 2. Embarcação especial para operações de salvamento e resgate de náufragos. Dispõe de caixas de ar e quilha lastrada com chumbo, que lhe permitem flutuar mesmo cheio de água e endireitar-se sob o maior ângulo de inclinação.
SALVAGEM: Direito sobre aquilo que se salvou de um navio naufragado. Diz-se, também, de uma antiga peça de artilharia.
SAVEIRO: Barco de casco afilado e comprido, de fundo chato, armado com um ou dois mastros e velas latinas, geralmente quadrangulares. Típico do litoral brasileiro nos estados nordestinos de Sergipe, Alagoas e, principalmente, na Bahia, onde é empregado no transporte e na pesca. Há saveiros muito pequenos e outros que chegam até vinte e 25 toneladas de deslocamento. No Rio de Janeiro, recebe o nome de Alvarenga e é usado, sem velas, no transporte de mercadorias. A regata de saveiros João das Botas é uma competição de saveiros realizada anualmente em Salvador, desde 1970.
SEGUIR: 1. Diz-se da movimentação de uma embarcação para a frente; andar; navegar. 2. Diz-se também quando a embarcação está em marcha ou em seguimento.
SEGURANÇA NO MAR: Conjunto de procedimentos, conhecimentos que se destinam a garantir a integridade física dos navegantes. Compreendem, genericamente, a conservação de um equipamento mínimo a bordo; a prática de manobras próprias para a navegação, em caso de mau tempo, emborcamento, encalhe, abalroamento etc.; os conhecimentos que antecipam a necessidade de realizar essas manobras, como os que se referem à meteorologia e à previsão do tempo; a capacidade de determinar a própria localização, mediante o uso de cartas náuticas, de conhecimentos de navegação astronômica etc.; a comunicação, por meio de sinalização ótica e visual e do uso de aparelhos radiotelegráficos. Essas medidas são recomendadas ou, simplesmente, difundidas por autoridades internacionais - geralmente com base em regulamentação mundial, como a Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar - ou por entidades internacionais esportivas.
SEIO: Área central de uma vela.
SEM COMPASSO: Diz-se do navio que tem o mesmo calado a vante e a ré, isto é, que tem quilha paralela a um plano horizontal. Diz-se, também, sem diferença, ou em águas parelhas.
SEMICABINADO: Embarcação a vela ou a motor dotada de uma cobertura pequena e baixa, que abrange mais ou menos a metade da extensão do poço, estendendo-se sobre uma pequena cabina fechada ou, simplesmente, sobre um espaço não compartimentado.
SEPARAÇÃO DE VOLUMES: Operação que consiste na triagem de determinadas cargas, com o objetivo de separar, dentro de uma partida numerosa, pequenos lotes classificados por importador, por marcas ou por rótulos.
SERVIÇOS ACESSÓRIOS: Aqueles considerados serviços especiais de interesse do comércio da navegação, que possam ser prestados pela administração do porto, através do seu pessoal ou seu equipamento. São, por exemplo: verificação de peso; remoção de volumes; abertura de volumes para vistoria; repesagem de mercadorias; marcação e remarcação de volumes; empilhamento ou arrumação de mercadorias nos armazéns; operação adicional de carregamento, ou de descarga de vagões ou outros veículos estranhos ao porto, nas dependências portuárias; suprimento de energia elétrica às embarcações ou consumidor instalado nas dependências portuárias etc.
SERVIÇOS CONEXOS DE UM PORTO: Serviços de entrada e saída de cargas nos armazéns/pátios, envolvendo também ovação.
SERVIÇOS INTERNOS DE UM PORTO: Serviços internos de porto, inclusive plantões.
SIMULAR BANDEIRA: Navegar com a bandeira de outra nacionalidade para gozar das mesmas vantagens dos barcos da bandeira que arvora.
SINALIZAÇÃO: Conjunto dos símbolos ou sinais e dos equipamentos visuais, sonoros ou eletrônicos que os transmitem, destinado a veicular mensagens indicativas de emergência, de percurso, de orientação, de previsões meteorológicas etc. que garantem a segurança da navegação. Compreende bóias, bandeiras, lanternas, faróis, radiofaróis e buzinas, entre outros elementos.
SINGRADURA: 1. Jornada de navegação marcada das 12 horas de um dia às 12 horas do dia seguinte, para facilitar nos cálculos astronômicos; dia de mar. 2. Tempo total em dias despendidos no mar.
SLJN (TERÇO): Parte média da verga, sendo a verga uma peça de madeira ou de aço, fixada num mastro, que serve para receber antenas, luzes de navegação, Morse, adriças e bandeiras etc.
SOCAR: Apertar com força um nó ou uma volta de cabo.
SOLIDEZ: 1. Propriedade do navio que deve ter toda a estrutura a fim de resistir aos esforços produzidos pelas vagas no balanço e na arfagem, pelos pesos transportados a bordo e pela propulsão. 2. Resistência ao alquebramento e embates do mar agitado.
SOLITÁRIA: Diz-se da navegação na qual a pilotagem de um barco é feita por uma só pessoa, em recreio ou em competição, cumprindo percurso oceânico.
SOLUÇAR: Movimento longitudinal da embarcação ao levantar e mergulhar alternadamente a proa e a popa. O mesmo que arfar. (V. arfagem a arfante).
SOLUÇO: 1. Movimento do navio metendo a proa ou arfando. 2. O arfar do mar.
SONAR: Dispositivo com que se detectam e localizam, mediante o eco de ultra-sons, objetos no seio do mar. É constituído por uma fonte de ultra-sons que emite pulsos convenientemente dirigidos. O eco da onda sonora é recebido e registrado, possibilitando a localização do objeto refletor. O espectro do pulso emitido pelo dispositivo está na maior parte na região dos ultra-sons, pois em geral opera-se numa faixa de frequência entre 5.000Hz e 50.000Hz.
SONDA: Instrumento usado para medir a profundidade das águas ou reconhecer a natureza do fundo, e que em geral consta de um peso de chumbo preso a uma linha.
SOTAVENTO: O ponto ou bordo do navio para onde sopra o vento. O lado oposto ao de barlavento. A sua sigla é SV.
STRADDLE CARRIER (ARANHA): Equipamento utilizado para estocagem dos contêiners no parque de estocagem, possibilitando a superposição de três contêiners. O síraddie carrier é um equipamento com boa modalidade, mas requer pavimentação especial na área em que tiver que operar.
SUBMARINO CONVENCIONAL: Submarino cuja propulsão à superfície se forma por meio de motores diesel e que, quando em imersão, é propulsionado através de motores elétricos alimentados por baterias.
SUBMARINO: 1. Embarcação capaz de navegar inteiramente imersa na água, e geralmente empregada como arma de guerra, para lançamento de torpedos, minas etc., e como meio de transporte de espiões. 2. É o tipo de navio de guerra destinado a operar submerso.
SUBMARINO ATÔMICO: Submarino cuja propulsão se faz por meio do emprego da energia atômica. O mesmo que submarino nuclear.
SUBMARINO NUCLEAR: O mesmo que submarino atômico.
SUBMERGIR: 1. Cobrir de água, mergulhar inteiramente em água, fazer sumir completamente na água, afundar. 2. Ir ao fundo.
SUBMERSÃO: O abatimento do casco de cavalgadura, em resultado de pancada.
SUGADOR: Também chamado sugador-chupa, é a denominação dada ao aparelho de sugador de cereais destinados aos moinhos. É um equipamento mecânico utilizado na movimentação de graneis sólidos e dotado de sucção pneumática.
SULCAR: Ato ou efeito de cortar as águas, navegando.
SUNAMAN: Sigla da Superintendência Nacional de Marinha Mercante.
SUPERESTRUTURA CENTRAL DE UM NAVIO: Aquela que está situada na região central do navio.
SUPERESTRUTURA DE UMA EMBARCAÇÃO: Construção feita sobre o convés principal, estendendo-se ou não de um a outro bordo e cuja cobertura é, em geral, ainda um convés.
SUPERFÍCIE DE FLUTUAÇÃO: Plano horizontal que contém a superfície da água em que o barco flutua. É delimitada pela linha de flutuação - interseção entre a superfície da água e o contorno do casco - e perpendicular ao plano diametral do barco aprumado. O mesmo que plano de flutuação.
SUPRIMENTO DO APARELHAMENTO NÁUTICO: Forneci mento, a terceiros, do trabalho de guindastes, cábreas, bem como de outros equipamentos pertencentes às instalações portuárias, através da administração do porto, para a realização de serviços que não lhe tenham sido confiados.
SUPRIMENTO D’ÁGUA ÀS EMBARCAÇÕES: Fornecimento de água potável às embarcações atracadas, através de canalizações do cais ou das pontes de acostagem.
SURDIR: 1. Aparecer na superfície da água. 2. Emergir.
SURGIDOURO: 1. Local onde ancoram os barcos. 2. Fundeadouro. 3. Ancoradouro.
SURRIADA: Respingos de água provocados pelo choque da vaga contra o costado das embarcações, pelo rebentar do mar no largo ou por efeito do vento. Esses respingos são transportados em gotas muito pequenas, semelhantes ao vapor de água.
SUSPENDER: 1. Içar a âncora, recolhendo a amarra, para o navio se mover ou navegar. 2. Arrancar o ferro do fundo e trazer a âncora para cima.
SUSPIRO: 1. Acessório instalado em uma canalização, compartimento, recipiente ou tanque de uma embarcação para permitir a drenagem de ar ou gases. 2. Acessórios instalados na parte superior de um tanque para permitir a saída do ar, quando o tanque da embarcação é cheio com líquido.
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